quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A medida do Bonfim


Começo com a música do Chico por causa da última frase dessa música

E A LEVE IMPRESSÃO DE QUE JÁ VOU TARDE...
Coisa de quem sabe a hora de ir embora. E se tem uma das coisas mais depreciativas no ser humano, é não saber a hora certa de vazar (como dizemos em Recife).

Sim, isso mesmo, falo dos ex, das ex, dessas pessoas que passam pela vida dos outros e acham que ganharam o direito de ficar por usucapião. 

E se tem uma demonstração de falta de respeito pela vontade do outro é insistir que TEM que ficar na vida da pessoa, por que nunca esqueceu, por que SABE que é a pessoa certa pro outro, por que...

Vencer pelo cansaço não é legal. Claro que tem um grau de energia a ser usado para lutar pelo outro em momentos de crise. Mas daí a passar meses, anos ou mesmo uma vida inteira pedindo pinico pro outro... ou então transformar tudo em roteiro de Atração Fatal e cozinhar um coelhinho na panela do outro.



Ah não, há mais vida pra se viver. E que medíocre seria a vida se nossa felicidade dependesse apenas de UMA, uma única pessoa. Não, a vida não é tão pequena.

Por isso, antes de se tornar um fardo para o outro, olhe em volta e analise as possibilidades. Não só de relacionamento - de paisagens, de trabalho, de música, de vida. Tudo transpira possibilidades. E o outro, bem... o outro segue com as possibilidades dele.

Se ainda assim, depois de olhar em volta, você continua achando que é melhor ficar rodopiando em volta do outro, feito muriçoca na hora de dormir, então só me resta um conselho, se é que conselho serve pra alguma coisa:

SE MATA!